O SABER DO EXPERENCIAR: reflexões do workshop Brasil/Reino Unido
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A experiência é aquilo que “nos passa”, ou que nos toca,
ou que nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos
transforma. Somente o sujeito da experiência está,
portanto, aberto à sua própria transformação.
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Walquíria Costa Pereira
(LARROSA. 2002, p. 26)
Utilizamos a epígrafe acima para refletir sobre nossa experiência ao participar do “Projeto Pedagogias Radicais – Construindo Solidariedade Transnacional”. Compreendemos que os acontecimentos vivenciados, formam e transformam nossas vidas, e, estamos sempre em transformação, ao sermos alimentadas com novas fontes de saberes.
Refletir sobre pedagogias radicais, a partir do diálogo realizado no workshop, foi e tem sido, de imensa contribuição para nossa formação pessoal, acadêmica e profissional, sobretudo, pelas discussões cuja temáticas nos aproximaram de uma solidariedade transnacional.
Esta experiência nos proporcionou momentos de: acolhida, partilha, aprendizagens, companheirismo, luta, resistência e tantas outras sensações. Foi possível, refletir sobre a importância de termos nossa pesquisa de dissertação, intitulada “Saberes de Professoras AfroUniversitárias da LIESAFRO: memórias de práticas educativas afrocentradas e intersubjetivas” sendo socializada, visibilizada, discutida para além do espaço da Universidade Federal do Maranhão, em uma rede de solidariedade.
Esta experiência foi de grande contribuição para o desenvolvimento da nossa pesquisa, uma vez que foi possível visualizar/compartilhar com um grupo cuja proposta evidenciou uma solidariedade acadêmica e coletiva, ao nos aproximarmos e refletirmos sobre as discussões de diferentes epistemologias em um contexto antirracista e antissexista nas instituições educacionais, e, as possibilidades de nos apropriar deste espaço de poder.
Discutir sobre Saberes de Professoras AfroUniversitárias é uma possibilidade de resistência epistêmica no âmbito acadêmico. Compartilhar, dialogar, evidenciar esses saberes a partir das discussões realizadas no workshop, tem nos oportunizado perceber e compreender sobre o nosso próprio pertencimento, enquanto mulheres afrodescendentes, nesta sociedade, ao mesmo tempo, em que refletimos sobre a necessidade dessa roda de solidariedade que possibilita o rompimento com os mecanismos de segregação.